12 mudanças em 12 meses, reload!


Já havia reparado que toda transformação na minha vida acontece entre setembro-outubro. Sim, hoje eu sei - e acredito - que tem uma influência gigantesca da transição entre estações do ano, dos planetas e por aí vai. 


Há 12 meses, me casei (oficialmente). E me odiei, profundamente. Já falei aqui que estava numa vibe terrível de ódio interno, sem reconhecer física e psicologicamente quem eu era. Também nesta época, decidi parar de comer carne e uma atitude tão pequena mudou incrivelmente meu mundo. Digamos que até a mudança de trabalho e cidade tiveram total relação com isso (talvez valha um post...).

Para fazer uma retrô bem diferente (a louca dos retrôs e saudosismo), busquei no meu blog antigo (de viagens) uma postagem que fiz sobre 12 mudanças em 12 meses, feita na mesma época - mas em 2013. Claro, eu tinha valores, pensamentos e anseios beeem diferente dos de hoje, mas vale comparar!


1 - Descobri que não gosto de inverno. Nem de vento. Mas aqui em Chicago não tenho ficado tao irritada com o clima. Saio numa boa, to correndo pela rua e andando com o dog. Com isso descobri que:
É, acho que não gosto mesmo! Minha tendência depressiva se agrava (como em muitos, por conta da claridade etc), irrita trabalhar carregada de roupa pesada e não, não quero morar em Chicago nem em qualquer canto frio. Eu amo mesmo é setembro, outubro. Sol fervendo durante o dia e a noite aquele vento meio chatinho que faz pegar uma cobertinha de buenas. 


2 - Nao adianta reclamar. Troque uma reclamação por um pensamento positivo que e' melhor.
Reclamo MUITO menos do que em qualquer outra época. Tenho exercitado a gratidão diariamente, e isso faz parte do projeto de "empatia-se-cria-no-dia-a-dia". Acho que tenho ficado mais de cara fechada quando não gosto de algo, do que externalizando uma reclamação. 


3 - Passei a não gostar de lugares extremamente lotados. Não chega a ser fobia, mas me tornei uma pessoa que tem trocado muitos colegas por poucos amigos; a balada por um filme; a noite pelo dia.
Dá até coceira pensar em lugar cheio. Pessoas falando alto, filas, argh. Netflix nem passava pela minha mente em 2013, mas em 2017, vamos terminar The 100 porque Pretty Little Liars tá chegando. Aliás, para uma boa amante de música eletrônica, sou muito mais correr pela manhã ouvindo um dubstep a enfrentar um lugar escuro/fechado/fumaçado.  


4 - Fiz DUAS tatuagens. É, por falta de uma, agora tenho duas! Uma fiz em Dublin (o trevinho, que não, não é o da sorte! - tem post sobre) e uma câmera.
Coincidentemente, fiz mais duas neste ano - e totalmente coerentes com meu momento: uma (pra variar) de música do Foo Fighters ("make my way back home when I learn to fly high) e a outra, "I am enough". Porque eu sou mesmo. 


5 - Deixei de fazer progressiva. O cabelo tá uma regaço, mas vou ter que acostumar na marra. 
Vish, depois disso refiz a progressiva pelo menos umas 3x (e curiosamente eram em momentos que estava bem insatisfeita com quem eu era). Mas vamos lá, estamos na luta over again e indo pra 12 meses sem tintura e químicas no geral. Estou no processo de low-poo há cerca de 2 meses e até fiquei uns 30 dias só lavando com bicarbonato. Não é progressiva, é progresso, minha gente!


6 - Aprendi a fazer um caderno de organização. Facilitou muito, tenho esquecido menos. 
Também fiz vários outros cadernos, aplicativos, e no fim, só me compliquei. Hoje uso um caderno normal para o trabalho e um board no quarto, com minhas rotinas pregadas (sim, eu consegui estabelecer rotinas de autocuidado para a noite e manhã, obrigada ayurveda - chupa Aline de 2013!).


 7 - Depois de uma vida toda me fodendo por confiar e esperar demais dos outros, finalmente essa neura esta morrendo. Ufa!
Não morreu não. Reconheço que esse foi o começo, mas muita água rolou embaixo da ponte. Hoje sim o autojulgamento está bem reduzido, graças ao feminismo. Feminismo me desconstriu e me levanta a cada dia mais. 


8 - Conheci meus pais. Tenho 25 anos e só nesse ano passei mais tempo com minha família, realmente querendo estar com eles. Tive 2 meses inteirinhos em casa pra ouvir as reclamações da minha mãe diariamente. E foi bom!
Muitas decepções vieram e a estou exercitando internamente que não temos que ser obrigados a levar relacionamento abusivo de familiar só por ter o mesmo sangue. Respeito é uma coisa, permitir algumas interferências, opcional. Hoje - não morando mais com eles, acredito que me conheci muito mais estando longe de algumas emoções que tinha quando ainda morava lá. Não é ser mal agradecida, nem ingratidão. Apenas ciclos na vida.


9 - Sai do meu mundinho e conheci lugares. E minha cabeça nunca mais foi a mesma.
Parei de pensar que PRECISO de uma viagem ou morar no exterior para encontrar minha felicidade. Aliás, nunca viajei tão pouco e fiquei tão em paz. 


10 - Consegui dominar meu consumismo. E espero que permaneça o mesmo aqui nos USA.
Não, não durou nos USA. E sim, agora posso me declarar como minimalista. Não compro roupa há 10 meses (quando comprei 6 camisetas pretas e 2 leggings - que uso religiosamente como uniforme de trabalho), nem sapato ou qualquer outro item do tipo. Tive uns acessos de consumismo quando mudei de casa (como plantas, muitas... rs), mas já passou. Nem usar bolsa uso mais.  

11 - Descobri que leite, carne vermelha e vários molhos (inclusive o meu preferido, pesto) não me fazem bem. Great.
Gente! MAS GENTE! GENTEEEEEEE! E eu achava que isso era algo ruim... Bom, lembro bem que em Chicago, a menina que me substituiu era vegana e uma semente foi plantada. Fiquei umas 3 semanas sem carne. Em 2014, também parei por um curto tempo. Mas em 2016, TUDO mudou. 12 meses sem carnes. 3 meses sem derivados! 


12 - Passei a ter sono antes das 9. Isso não e' bom! :(
Bom, isso depende. Quando escrevi, estava em um país que escurecia às 16h. Hoje, durmo entre 22-23h, mesmo em final de semana - porque acordo 05h30, mesmo no domingo! Ter uma rotina noturna e matinal me fez seguir alguns padrões e hoje quando não cumpro (e desligo o alarme e durmo até 6h30, por exemplo), meu dia é terrível. 




A sensação é de estar bem com quem sou hoje, e principalmente, com as decisões que tomei lá atrás. 

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